quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Abandonei esse blog.

Abandonei esse blog porque ele trata de sentimentos que eu não possuo mais. São sentimentos controversos e, muitas vezes, sentimentos que eu pensava serem meus. 

As pessoas dizem que elas mudam, que elas passam por situações que as fazem pensar diferente e eu achava isso tudo balela. Pensava: as pessoas não mudam, elas podem ter um ou outro comportamento diferente do habitual, mas não mudar. Estava errada.
Eu pensava que a essência sempre permanecia a mesma, que as ideias e que as vontades sempre seriam iguais, independente do que eu passasse. Que as pessoas continuariam vindo e indo embora. Que amores continuariam significando a mesma coisa. Que eu continuaria me apaixonando e deixando de ver com clareza, todas as vezes que alguém demonstrasse algum interesse pelas minhas diferenças. Fui tola até os 24 anos de idade.
Tola essa que pensou que, aos 26, já estaria com a vida feita.
Tola essa que almejou coisas que nem sabia o significado e hoje não fazem a menor diferença.

Abandonei e abandono, definitivamente esse blog, para começar algo novo, sobre um novo eu. Não apenas emocionalmente, mas por completo.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Muito tempo a gente passa pensando: será que um dia vou encontrar o amor da minha vida?

Acredito que a maioria das pessoas já se fez essa pergunta, até aquelas que aparentam não ter sentimentos. Acredito que, além de se perguntar, as pessoas pensam demais sobre a necessidade de encontrar o amor de suas vidas. A questão é, será que ele já não passou por sua vida e você não foi capaz de identificar? Ou foi, mas não deu certo?

Acredito que este seja meu caso. 

Discuto sobre relacionamento com todas as pessoas que conheço, até com as que conheço há pouco tempo. Algumas acreditam que amor é uma vez só. Alguns acreditam que podem amar quantas vezes quiser. Eu acredito um pouco nos dois. 

Durante meus vinte e cinco anos de vida, eu amei muita gente. Cada um de uma forma particular, diferente, mas amei. Amei descontroladamente, achando que nunca mais fosse viver sem a pessoa, fosse namorado, amiga, amigo. Amei incondicionalmente (pelo menos achava que era), amei de verdade, amei de mentira. Mas sempre existe aquela pessoa que consegue tirar tudo de você.

Não me refiro a algo pejorativo, degradante, mas sim, todo o seu potencial de amor. Acredito que se pode amar demais, amar muitos, muitas. Acredito que amor é algo a ser distribuído e se isso fosse feito com mais frequência, talvez mudasse muita coisa em nossa realidade diária.

Eu creio que existam pessoas que cheguem e tirem tudo o que existe em nós. As coisas boas e as ruins. Lágrimas. Desespero. Emoção. Desejo. Elas te apertam até você deixar sair tudo o que foi absorvido durante todos os seus anos de vida e experiência. Elas te fazem sentir a pessoa mais feliz e mais depressiva do universo. Te fazem sorrir com cara de idiota e chorar como se o mundo fosse queimar. O verdadeiro 8, 80. 

Esses são os amores de nossas vidas. Nós damos tanto de nós, que ficamos vazios. Nos jogamos da ponte, das pontes, porque sempre temos certeza que essa pessoa vai nos pegar lá embaixo.

Mas se a gente tem isso, se a gente conseguiu alcançar o ápice do sentimento humano (relevando o amor fraternal), por que, às vezes, não vivemos isso para sempre? Não aceitamos esse amor e abraçamos a pessoa que foi "destinada" a nós?

Como é possível sentir saudade, mas não querer estar junto?

Como é possível que faça muito mais sentido estar só, que sentir esse amor dedicado?


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Estou diferente

Não só diferente no aspecto físico, mas principalmente no mental.

Tenho cada dia mais me esforçado, cada dia mais pensado no futuro. Tive meus momentos loucos, de falta de discernimento e passou. Agora estou na fase do eu quero, eu consigo.

Só me envolvo com gente que agrega. Só me envolvo com quem tem algo a me oferecer e que eu possa oferecer de volta. Só consigo conhecer e me interessar por gente que vale a pena.

Tem quem chame isso de arrogância, tem quem chame de exagero, mas eu não acho. Eu estou aprendendo a dizer não, estou aprendendo a viver sozinha e estou aprendendo a me preocupar e amar acima de todas as coisas (nesse meio tem Deus também, não se preocupem).

O que quero dizer é que passei tanto tempo gostando de tanta gente, fazendo por tanta gente, querendo tanta gente, que esqueci de mim. Esqueci do que eu realmente gosto de fazer, do que eu realmente quero pra minha vida. E o mais triste é ver gente que amo fazendo a mesma coisa e sabendo que isso não vai mudar, porque a gente aprende apanhando.

Apanhei, cicatrizou. Obrigada à todos que me açoitaram.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Engraçado conhecer gente, viver intensamente cada segundo e continuar pensando em uma pessoa só.
Ver novos olhos, provar novas bocas, ouvir novas promessas, mas só pensar naquelas que um dia realmente fizeram alguma diferença na sua vida.
Ouvir uma música e pensar no futuro e só conseguir enxergar uma companhia até o final dos seus dias.
Pensar em todas as coisas que quis passar e se programou e sonhou e tentou. Pensar que podia ser diferente, pensar que podia ter algum detalhe que mudasse tudo.
Pensar em família e só lembrar daquele olhar.
Pensar em casamento e só ter uma certeza.
Pensar em filhos e ter certeza de que, nunca mais, você terá tanta vontade de tê-los, como teve com àquela pessoa.

O mais engraçado é ver tanto futuro e não enxergar mais nada no presente.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Não, não entendo.

Não entendo gente que para a vida pra viver um relacionamento, principalmente quando ele está caindo aos pedaços. Não consigo entender como um casal consegue fingir tanto que é feliz, sendo que é mentira, sendo que paixão não é o que sustenta relação, sendo que filho não segura marido.

Não consigo entender como algumas necessidades fazem as pessoas viver como idiotas, enganadas por si mesmas, apenas pra tirar algum proveito da situação.

Juro que não entendo quem trai incessantemente, em pensamento, não porque teve um "motivo" ou porque realmente teve uma situação condutora. Trair não é certo pra sociedade ocidental, ok, mas nem é o ato de trair, é pensar em trair, é procurar o trair, com o intuito de quê? Se sentir superior? Se sentir vivo? Porque isso pode acontecer, claro que pode, todo ser humano erra e isso pode acontecer mais de uma vez na vida, mas não quer dizer que você deva procurar a situação.

Não consigo entender como as pessoas se manobram por relacionamentos, deslizando como cobras, tentando fazer a vida andar mesmo que ela esteja empacada. Mesmo que, em vez de serpentes, eles sejam tartarugas.

Não consigo entender pessoas com potencial perdendo seu tempo com relacionamentos mal feitos, mal começados e mal acabados. Mesmo que exista amor, é só isso?

E daí que se ama, se não tem coerência?
E daí que se ama, se não tem respeito?
E daí que se ama, se não tem boas intenções?

Isso não é amor, é paixão. Paixão acaba, paixão cessa, paixão apaga. Não importa quantas vezes você risque os fósforos, se apagou, já era.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Já tive amores muito diferentes. E não estou falando de níveis de amor, como o quanto amei alguém, digo pela diversidade de pessoas que já amei.

As pessoas que convivem comigo sabem disso, elas que me informam. "Marcela, esse cara não tem nada a ver com você". É engraçado, porque cada um deles, aqueles que duraram 3 meses, aqueles que duraram 3 anos, eles eram tudo a ver comigo.

Eu sou uma pessoa de humor. A música que escuto, a roupa que visto, a cor que me atrai, o cheio que me agrada, tudo. Tudo depende de como estou me sentindo naquele dia. Acredito que meus relacionamentos se baseiem nas fases da minha vida, consequentemente com meu humor.

Quando estava conhecendo, aprendendo sobre o amor, existiu alguém que caminhou ao meu lado e fez a mesma coisa. Andamos, caímos, tropeçamos, quase não voltamos pro lugar, mas uma hora as coisas sempre acabam voltando a sua antiga monotonia.

Houve quem me ensinou a amar, porque eu achava que nesses tombos supracitados, eu já havia amado, mas não. Chorou, sentiu, pediu perdão, mentiu. Seguiu meus passos e me fez seguir os dele e chorei e sofri. E sobrevivi.

Aí, quando eu menos esperava, houve àquele que realmente me fez amar. Que era igual a mim em todos os sentidos. Gostava das mesmas coisas e as que não gostava, aprendeu a gostar. Houve pouca briga, houve muita conversa, houve harmonia. Era como se o resto do universo e de todas as outras pessoas incompreensíveis não existissem, mas elas existem e eu gosto delas. Por isso, esse amor eterno também se foi.

E fico e perguntando quantos amores eu poderia escrever. Quantos deles foram amor de verdade e quantos poderiam ter durado a vida toda. A questão é, não existe fórmula, existe forma. Você ama de diversas formas. O amor não é algo palpável, não é tangível, ele é abstrato. Ele não existe.

Ele resiste.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Será tão bom assim o benefício da dúvida?

Passamos tanto tempo tentando não nos enganar e é aí que a gente falha. Passamos tempo querendo entender cada palavra e sentimento, cada situação e no fim, a gente não sabia era nada. Note como somos bons para dar conselhos aos outros e como somos péssimos quando precisamos aplicá-los em nossas vidas. 
Tanto tempo que passei julgando e dando conselhos, sendo procurada para dizer o que alguém devia fazer, curioso sendo que eu nunca sabia o que eu mesma devia fazer. Tanto tempo tendo tanta certeza de tanta coisa, sabendo a resposta pra tudo e sem pestanejar, fazendo escolhas para minha vida, agora estou aqui, à mercê do destino (poético).
Ora tenho certeza, ora vacilo, ora hesito, ora oscilo.
Veja que dentre as quatro opções, três delas são mais para indefinido, que para definido. Que a maior parte das minhas respostas são com dúvida. Três quartos das minhas ações são incertas. Veja que mesmo que eu lute para tentar ter razão, quase sempre estou em dúvida. 
E não importa o quanto as estatísticas me provem que eu devo mudar de estratégia, continuo socando facas pontiagudas por todos os lados da minha vida.